Câmara dos Deputados já gastou R$ 3,3 milhões com deputados federais presos ou no exterior.
A Câmara dos Deputados já gastou R$ 3,3 milhões com o pagamento de despesas de gabinetes de parlamentares presos ou no exterior, sem registrar presença nas sessões. O ex-deputado Chiquinho Brazão e os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), embora impedidos de receber salários, continuam com gabinetes ativos. As equipes de gabinete continuam recebendo salários sob justificativas administrativas.

Em dois anos, o gabinete de Chiquinho Brazão gastou R$ 1,9 milhão, o de Eduardo Bolsonaro, R$ 900 mil e o de Carla Zambelli, R$ 300 mil. Zambelli, embora presa na Itália após condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mantém 12 assessores com custo mensal de R$ 103 mil, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, tem gastos mensais de R$ 132 mil e Chiquinho Brazão chegou a ter 24 funcionários até a perda de mandato.
O vice-líder do governo, Alencar Santana (PT-SP), apresentou um projeto de lei que busca proibir este tipo situação, chamada de “deputado home office”. O projeto impediria que parlamentares afastados do país mantenham gabinetes pagos com recursos públicos. O líder do Partido dos Trabalhadores, Lindbergh Farias (RJ), classificou a situação como um escárnio e acusa os deputados da Câmara de Deputados de firmar um “acordão para blindar bolsonaristas”.