Rodrigo Santos Andrade share
COVID-19 deixou 284 mil crianças órfãos na gestão de Bolsonaro
visibility comment0 event outubro 27, 2025 timer 01:28

A pandemia de COVID-19 deixou 284 mil crianças e adolescentes órfãs na gestão de Jair Bolsonaro.


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Além dos mais de 700 mil mortos pela COVID-19 no Brasil, há outras 284 mil vítimas indiretas: crianças e adolescentes que perderam os pais, avós ou outros familiares mais velhos que exerciam papel de responsáveis em suas residências. O número se refere somente ao ano 2020 e 2021, os piores anos da pandemia. Entre elas, 149 mil perderam o pai, a mãe ou os dois. 70,5% dos órfãos perderam o pai, 29,4% a mãe e 160 crianças e adolescentes foram vítimas de orfandade dupla. Entre Estados, as maiores taxas de orfandade são as do Mato Grosso (4,4), Rondônia (4,3) e Mato Grosso do Sul (3,8), enquanto as menores são do Rio Grande do Norte (2,0), Santa Catarina (1,6) e Pará (1,4).

Professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo Lorena Barberia.
Professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo Lorena Barberia (Foto: Wanessa Soares)

A estimativa é de pesquisadores ingleses, brasileiros e americanos, que acabam de lançar um estudo para demonstrar não somente a magnitude da orfandade no Brasil, como também as grandes desigualdades entre os Estados. Uma das autoras do estudo, a professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo Lorena Barberia destaca que os impactos de uma emergência sanitária são identificados primeiro entre as vítimas diretas, mas há também aqueles que são afetados por essas mortes.

“Nós quisemos olhar a vulnerabilidade das pessoas que dependem de quem faleceu. Achamos super importante lembrar que as pessoas acima de 60 anos não só tinham mais chance de morrer, mas, muitas vezes, tinham um papel na estrutura familiar muito decisivo. Muitas crianças e adolescentes dependiam dessas pessoas. Então, pensamos que tínhamos que considerar essas estimativas, tanto de pais e mães como desses responsáveis. O objetivo é lembrar que, mesmo depois do fim da pandemia, nós precisamos de políticas públicas para dirimir as desigualdades provocadas pela pandemia, porque nós sabemos que algumas pessoas saíram em uma situação muito mais vulnerável que outras. Não houve um programa desenhado para essas crianças especificamente, e a sociedade não estava acostumada a essa magnitude de órfãos. Os programas que existem claramente precisam ser fortalecidos, porque temos um grupo novo de crianças e adolescentes, que não era esperado”, reforça a pesquisadora Lorena Barberia.

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