Cláudio Castro pode ser cassado por abuso de poder político e econômico e o desvio de R$ 248 milhões nas Eleições 2022.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para 4 de novembro o julgamento do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), acusado de abuso de poder político e econômico nas Eleições 2022, ao lado do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A ação investiga um esquema de contratação irregulares no Centro Estatual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos (Ceperj), usado para empregar cabos eleitorais com dinheiro público durante a campanha de reeleição de Castro.

O processo chegou ao TSE após o Ministério Público Eleitoral recorrer da absolvição concedida pelo TRE-RJ em maio de 2025. O Ministério Público do Rio de Janeiro identificou que R$ 248 milhões foram sacados em dinheiro vivo, o que reforça as suspeitas de caixa dois e desvio de recursos públicos. Parte dos valores teria sido distribuída a aliados e correligionários, configurando compra de apoio político eleitoral. O caso será relatado pela ministra Isabel Gallotti, e o julgamento contará com os ministros Cármen Lúcia (presidente do TSE), André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Antonio Carlos Ferreira, Floriano de Azevedo Marques e Estela Aranha. Se condenado, Castro pode ser cassado e declarado inelegível, abrindo espaço para uma nova eleição no Rio de Janeiro.

Após a megaoperação policial mais letal da história do Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), irá até o Rio de Janeiro, pessoalmente, a fim de conduzir as audiências de Castro, de policiais, procuradores e outros. Castro deve explicar ponto a ponto a operação, conforme pedido pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH). Moraes marcou audiência para 3 de novembro, o ministro conduzirá a audiência de Castro do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Militar, no Centro do Rio de Janeiro.