Aos investigadores, o empresário confessou o crime e alegou que a vítima tentou extorqui-lo após um programa sexual.

Na tarde de terça-feira (16), a Polícia Civil prendeu um empresário, de 44 anos de idade, que confessou ter assassinado Mayla Rafael Martins. Aos investigadores, o empresário confessou o crime e alegou que a vítima tentou extorqui-lo após um programa sexual.

Mayla Rafael Martins, uma mulher trans, de 23 anos de idade, foi encontrada na terça-feira (16), morta às margens da rodovia MT-485, a cerca de um quilômetros da BR-163, entre os municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde, no Brasil. O corpo de Mayla Rafael Martins foi encontrado por trabalhadores da fazenda Rio Verde, enrolado em uma lona de piscina com várias perfurações de faca nas costas.

Mayla Rafael Martins foi vista pela última vez com vida, em uma festa na madrugada da segunda-feira (15), e a Polícia Civil chegou até o suspeito com a ajuda da amiga da vítima, que recebeu uma foto da placa do automóvel, no qual a vítima havia saido com o assassino, o automóvel modelo Polo Sedan, da cor preto, pertencente à esposa do empresário, que estava em um posto de gasolina. Mayla Rafael Martins antes de entrar no automóvel, enviou uma foto da placa para a amiga.

Com base na placa, os policiais chegaram até o nome do suspeito, que tem uma hamburgueria em Lucas do Rio Verde e ao ser questionado, confessou ter assassinado a vítima. Alegou que após um desentendimento relacionado a um programa sexual, entrou em luta corporal com Mayla Rafael Martins após sofrer uma tentativa de extorsão e ao perceber que ela estava morta, enrolou o corpo em uma piscina de plástico, depois colocou no bagageiro do automóvel, juntos os pertences dela e saiu pela rodovia sentido Sorriso.

Na área da fazenda Rio Verde, entrou em uma estrada, desligou os faróis e abandonou o corpo. Em seguida, pegou todos os pertences da vítima e jogou no rio. Na delegacia, além de narrar os fatos, apresentou ainda uma faca, com aproximadamente 20 centímetros, usada no crime. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de necropsia. O empresário irá responder pelo crime de feminicídio, de acordo com informações da Polícia Civil.