Justiça dos EUA investiga participação da empresa International Treasure Group de Paulo Figueiredo em esquema de fraude bilionária.
Camiseta Masculina Feminina Sem Anistia Estampa Premium HD 100% Algodão Cores Bandeira
R$ 29.57shopping_cartComprarJustiça dos Estados Unidos, investiga a participação da empresa International Treasure Group do brasileiro Paulo Figueiredo, em esquema de fraude bilionária liderada pelo magnata chinês Miles Guo, condenado por nove crimes, entre eles lavagem de dinheiro e organização criminosa, detido desde março de 2023. Guo foi colaborador e financiador de Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump e aliado da família Bolsonaro e apontado como controlador da mídia social Gettr, que patrocinou eventos em apoio à reeleição de Jair Bolsonaro em 2022. O ex-CEO da Gettr, Jason Miller, também é próximo de Eduardo Bolsonaro.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) aponta que Guo pagou ao menos US$ 1 milhão para Bannon. Em 2024, reportagem da Mother Jones apurou que o valor foi destinado a serviços de consultoria à rede de empreendimentos de mídia e organizações do chinês, que incluía um grupo fundado por ele e Bannon para servir como um suposto governo paralelo ao Partido Comunista Chinês. Guo foi acusado de ter enganado milhares de seguidores na internet para investir em negócios sob seu controle e desviar mais de US$ 1 bilhão para financiar sua vida de luxo. Paulo Figueiredo recebeu US$ 140 mil, segundo DOJ.
O pedido de apuração na Justiça americana afirma que o pagamento de US$ 140 mil (cerca de 770 mil reais) à empresa de Figueiredo International Treasure Group, registrada na Flórida desde 2017, foi uma transferência fraudulenta. As informações constam em processo que tramita desde fevereiro de 2024 no Tribunal de Falências do Distrito de Connecticut (EUA). O documento aponta que a transferência teria sido feita por uma das empresas de fachada do chinês, a HCHK Technologies Inc. “Esta transferência foi, na verdade, fraudulenta, porque o devedor [Guo Wengui] a efetuou como parte de seu ‘jogo de fachada’ e foi feita com a intenção de dificultar, atrasar e/ou fraudar os credores do devedor”, diz o processo. O documento não traz a data exata nem a natureza da transação, mas, conforme os registros judiciais, ela teria ocorrido antes de 15 de fevereiro de 2022, quando Guo entrou com um pedido de falência na Justiça. A ação não alega irregularidade por parte do destinatário da transferência, no caso, a empresa de Figueiredo.